"Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; " 1 Ts 5.1-4
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O Novo testamento anuncia repetidamente que Jesus Cristo voltará algum dia. Essa será sua "visita real", seu 'aparecimento" e "vinda" (grego: parousia). Cristo voltará a este mundo em glória. O segundo advento do Salvador será pessoal e físico (Mt 24.44;At 1.11; Cl 3.4; 2 Tm 4.8; Hb 9.28), visível e triunfante (Mc 8.38; 2 Ts 1.10; Ap 1.7). Jesus vem para encerrar a história, levantar os mortos e julgar o mundo (Jo 5.28,29), conceder aos filhos de Deus sua glória final (Rm 8.17,18; Cl 3.4), e introduzi-los em um universo reconstruído (Rm 8.19-21; 2 Pe 3.10-13). Sua execução desta agenda será a última fase e triunfo final de seu reino mediatário. Uma vez que essas coisas se cumpram, a aplicação da redenção contra a oposição satânica, que era a obra específica do reino, terminará. Quando Paulo diz que Cristo então "entregará o reino" e se tornará sujeito ao Pai (1 Co 15.24-28), ele não está insinuando qualquer diminuição da honra subseqüente de Cristo, mas está significando o completamento do plano para trazer os eleitos ao céu que o Filho ressurreto foi entronizado para realizar. Os eleitos em glória, purificados e aperfeiçoados, honrarão para sempre o Cordeiro como aquele que foi capaz de abrir o livro do plano de Deus para cumprimento e aplicação da redenção na história, e fazer acontecer o que estava planejado (Ap 5). Na nova Jerusalém, Deus e o Cordeiro estão entronizados e reinam juntos para sempre (Ap 22.1,3)). Mas este reinado é a crescente conexão servo-Senhor entre Deus e os justos que se segue à era do reino mediatário, e não a continuação daquele reino como sul.
Em 1 tessalonicenses 4.16,17, Paulo ensina que a vinda de Cristo terá a forma de um descida desde o céu, anunciado por um ressoo de trombeta, um clamor , e a voz do arcanjo. Os que morreram em Cristo já terão sido levantados e estarão com Ele, e todos os cristãos na terra serão "arrebatados" (isto é, levados às nuvens para o encontro com Cristo no espaço), para que possam em seguida retornar à terra com Ele, como parte de sua escolta triunfante. A ideia de que o arrebatamento os leva para fora deste mundo por um período antes de Cristo aparecer uma terceira vez para uma "segunda vinda" tem sido amplamente defendida, mas falta-lhe apoio escriturístico.
Embora alguns dos detalhes dados por Paulo tenham significação simbólica (a trombeta, como um clarim militar, chama a atenção para a atividade de Deus, Êx 19.16,19; Is 27.13; Mt 24.31. 1 Co 15.52; a nuvens significa a presença ativa de Deus, Êx 19.9,16; Dn 7.13; Mt 24.30; Ap 1.7), ele parece estar falando literalmente, e o fato de o que ele descreve estar além de nosso poder de imaginação não nos deve impedir de tomar sua palavras no sentido de que isso será assim.
O Novo Testamento especifica muito do que sucederá entre as duas vindas de Cristo, mas, afora q queda de Jerusalém em 70 d.C. (Lc 21.20,24), as predições sugerem processo e não eventos isolados identificáveis, e não revelam sequer uma data aproximada do reaparecimento de Jesus. O mundo gentio será chamado à fé (Mt 24.14); 2 os judeus serão trazidos ao reino (Rm 11.25-29, uma passagem que pode ou não antecipar uma conversão nacional); haverá falsos profetas e falsos Cristo ou anticristos (Mt 24.5,24; 1 Jo 2.18,22; 4.3). Haverá apostasia da fé e tribulação para os fiéis (2 Ts 2.3; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5; Ap 7.13,14; 3.10). Um "homem da iniquidade", aparentemente não identificável, acerca do qual Paulo havia falado aos tessalonicenses em um ensino oral que não possuímos (2 Ts 2.5), devia ou deve aparecer (2 Ts 2.3-12). Se o período de mil anos de Apocalipse 20.1-10 é realmente a história do mundo entre as duas vindas de Cristo, haverá uma último e apical luta de poder de alguma forma entre as forças anticristãs do mundo e o povo de Deus (v. 7-9). Nenhuma data, contudo, pode ser inferida desses dados; o tempo do retorno de Jesus permanece completamente desconhecido.
A volta de Cristo terá o mesmo significado para os cristãos que estiverem vivos quando acontecer como a morte tem para os cristãos que morrem antes de acontecer: será o fim da vida neste mundo e o início da vida naquilo que tem sido retratado como "um ambiente desconhecido com habitantes bem conhecido" (Jo 14.2,3). Cristo ensina (Mt 24.36-51) que será um trágico desastre se a parousia encontrar alguém despreparado. Em vez disso, a ideia do que virá deve estar constantemente em nossas mentes, incentivando-nos em nosso atual serviço cristão (1 Co 15.58) e ensinado-nos a viver, como se ela fosse iminente, prontos a nos encontrarmos com Cristo a qualquer momento (Mt 25.1-13).