29 de fev. de 2020

O Senhor é o meu pastor - Salmo 23 (Prof. Anísio Renato de Andrade)


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A criação de ovelhas era uma das atividades econômicas mais comuns em Israel e em outras nações na época do Velho Testamento. Davi, antes de ser rei, foi pastor de ovelhas (I Samuel 16.11). Ao escrever o salmo 23, o autor tinha em mente todo o seu cuidado para com as ovelhas e tomou isso como exemplo do cuidado de Deus para conosco.

Por isso ele disse: "O Senhor é o meu pastor." Davi sabia que Deus, sendo o seu pastor, cuidaria dele. Observe que o salmista utiliza em todo o salmo as conjugações da primeira pessoa do singular. O texto está falando de uma experiência pessoal e intransferível que cada pessoa deve ter com Deus.

"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará." Isso não significa que Deus nos dará tudo o que queremos, mas nos dará tudo o que precisamos. Mas isso só acontecerá se o Senhor for realmente o nosso pastor, ou seja, se ele estiver conduzindo as nossas vidas. Se nós só fazemos a nossa própria vontade, escolhendo os caminhos que agradam ao nosso coração, mesmo sendo em direções pecaminosas, então o Senhor não é o nosso pastor. Mas se estamos vivendo de acordo com a sua vontade para nós, então estamos seguindo o Senhor como suas ovelhas. Portanto, tudo começa com compromisso e obediência. Essa é a essência do versículo 1. Se estou comprometido como ovelha, para obedecer e seguir ao Senhor, então ele está comprometido comigo para cuidar de mim e me dar tudo o que preciso.

"Nada me faltará." Está faltando alguma coisa em sua vida? Talvez você pense que sim, mas pense novamente. Muitas vezes temos um ilusório sentimento de falta. Isso pode ser maligno. Deus nos deu pão e achamos que falta manteiga. Deus nos dá manteiga e achamos que falta queijo. Deus nos dá queijo e achamos que falta presunto. Afinal, quando Deus nos deu pão, nossa necessidade já estava plenamente suprida. Ao pensar assim, podemos dizer: Graças a Deus! Obrigado, Jesus! Quando os israelitas atravessavam o deserto, Deus lhes deu o maná. Ele vinha todos os dias, exceto no sábado, quando comiam o que restava do sexto dia. Nunca faltava, mas o povo nunca estava satisfeito (Num.11.4-10). Esta insatisfação chama-se cobiça, concupiscência (Ec.6.7; I Jo.2.16). Queriam carne. Deus lhes deu o que pediam, mas isso lhes fez mal (Num.11.31-35). Precisamos ter cuidado com o que queremos. Não estamos impedidos de orar pedindo algo que não seja pecaminoso. Contudo, precisamos estar dispostos a receber um "não" como resposta. Então, paramos de pedir (II Cor.12.8-9).

"Nada nos faltará." Realmente, nada nos tem faltado. O que precisamos o Senhor nos tem dado. Se alguns desejos legítimos não foram ainda atendidos, sabemos que para tudo Deus tem um tempo certo. Nada nos faltará no momento em que o suprimento se fizer necessário e oportuno.

Algumas vezes Deus nos dá muito mais do que aquilo que precisamos. Então passamos a ter em abundância. O nosso cálice se enche ao ponto de transbordar (v.5). Então podemos ter a alegria de compartilhar com o nosso próximo, não deixando que o seu cálice fique vazio.

A partir do versículo 2 do salmo 23, o autor mostra o que acontece na vida do servo de Deus. Temos aí muitos pontos pontos positivos, como verificamos nos versos 2, 3, 5 e 6: repouso, descanso, segurança (deitar-me faz...), pastos verdejantes (bom alimento), águas tranqüilas, refrigério para a alma, direção (guia-me); justiça; amor; mesa; óleo (unção); bondade e misericórdia. Essas palavras nos mostram que Deus está atento para suprir as necessidades fundamentais do ser humano, abrangendo questões físicas, psicológicas e espirituais. Só não temos aqui artigos que atendam à cobiça e à soberba. Ele não vai nos deixar sedentos, famintos, perdidos e abandonados

Por outro lado, o texto contém também pontos negativos: O vale da sombra da morte no verso 4 e os inimigos no verso 5. A vara (v. 4), enquanto instrumento de disciplina, pode também ser aparentemente negativa, embora seu objetivo seja positivo.

Isso mostra que a vida com Deus não é uma fantasia, um "mar de rosas". As dificuldades fazem parte do caminho. Ele nos leva pelas "veredas da justiça" e vereda é um caminho estreito. Davi se lembrava de que, quando conduzia as ovelhas, encontrava-se com animais predadores que queriam devorá-las. Ele chegou a matar um leão e um urso para proteger o rebanho (I Samuel 17.36). Do mesmo modo, em nossa vida cristã encontramos o diabo, que ruge como leão tentando nos destruir (I Pedro 5.8). Mas o salmista demonstra sua vitória ao dizer: "Não temerei mal algum porque tu estás comigo." Esta talvez seja a frase de maior destaque no salmo: "Tu estás comigo." O mais importante não é o que Deus pode nos dar mas a sua própria presença conosco. Em qualquer lugar em que ovelha estivesse, ficaria tranqüila ao levantar a cabeça e ver o cajado, pois este seria um sinal de segurança pois o pastor estava presente, atento e cuidadoso.

"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará." Não nos faltarão bênçãos. Não nos faltarão lutas nem adversários, mas tudo isso cooperará para o nosso bem, pois a bondade e a misericórdia do Senhor sempre nos acompanharão.

O último versículo nos mostra que essa nossa caminhada com o Senhor é eterna. Depois de atravessarmos o vale da sombra da morte neste mundo, entraremos na casa do Senhor. Lá não haverá mais inimigos nem mal algum. O salmo 23 fala da jornada do salmista durante sua vida, como a ovelha que caminha com o pastor durante todo o dia. Quando se aproxima a noite, as ovelhas são recolhidas. Assim será conosco. Seremos recolhidos à casa do Senhor, onde passaremos a eternidade.

Disse Jesus: "Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar-vos lugar... para que onde eu estiver estejais vós também." (João 14.2-3).

Livres para louvar. (Prof. Anísio Renato de Andrade)


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Durante quatrocentos e trinta anos o povo de Israel foi escravo no Egito. Ali não se realizavam cultos ao Senhor. Quando os israelitas foram libertos, então houve uma festa no meio do povo; Moisés cantou um hino ao Senhor. Miriã e outras mulheres também cantaram, dançaram e tocaram tamborins. O povo de Deus estava livre de Faraó. Quando somos libertos pelo Senhor, o nosso coração se enche de alegria, de tal maneira que transborda em forma de louvor e adoração ao nosso Deus.

O tempo passou e Israel se tornou cativo novamente; foi levado para a Babilônia. Sobre esse período, o salmista escreveu: 

"Junto aos rios de Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que havia no meio dela penduramos as nossas harpas, porquanto aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram que nos alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. Mas, como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?" (Salmo 137.1-4). 

O louvor foi interrompido mais uma vez. Quem está cativo, preso nas mãos do Diabo, não louva ao Senhor. Quando pensamos isso, logo nos lembramos dos ímpios, daqueles que não crêem em Deus, mas o texto acima não está se referindo a eles, senão aos próprios servos do Senhor, que caíram nas garras do inimigo novamente.

Isso nos leva a refletir sobre a vigilância que devemos ter para que não sejamos levados para prisões espirituais. Satanás está querendo nos atrair para o seu território. Ele quer nos ter novamente como escravos. Ele nos mostra os "rios da Babilônia", com suas margens bonitas, os salgueiros com seus ramos balançando ao vento. Pode ser uma paisagem muito atraente. O mundo está cheio de atrativos, mas tudo isso são iscas para apanhar os servos de Deus. De que adianta estar às margens de um rio maravilhoso, mas ter o coração cheio de angústia e um rio de lágrimas no rosto?

O objetivo do inimigo é nos aprisionar, e ele não desiste. Portanto, precisamos vigiar e orar. O Senhor já te libertou uma vez. Não te deixes escravizar novamente. Aquele que se deixa levar para o cativeiro, não tem prazer de entoar cânticos ao Senhor. Então, passa a cantar músicas que expressam suas decepções, suas dores de cotovelo, suas melancolias, etc. Não é esse tipo de música que muita gente canta hoje em dia e faz sucesso nas paradas? Quem está cativo não louva nem adora ao Senhor. Não seria esse o caso daquelas pessoas que, enquanto as outras estão louvando, apenas olham? Enquanto os libertos batem palmas, os cativos colocam as mãos nos bolsos. Enquanto os adoradores levantam as mãos, os cativos se assentam indiferentes. Não serão sintomas de vidas oprimidas, cativas, mesmo dentro das igrejas?

Se isto estiver acontecendo conosco, supliquemos ao Senhor que nos livre de todo embaraço, de todo pecado, para que possamos ser livres na presença de Deus, livres para louvar.

Pequena para um cordeiro. (por C. H. Spurgeon)


"Cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família. Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos bastem para o cordeiro." (Ex 12:3-4)

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O cordeiro devia ser comido inteiro, comido por todos, e comido de uma só vez. O Senhor Jesus deve ser recebido na alma, como seu alimento, e cada um do seu povo deve fazê-lo com um Cristo total, e neste instante.

1) O TEXTO NOS LEMBRA DE UM PRIVILÉGIO PRIMÁRIO

- Cada homem de Israel comeu a páscoa para ''si próprio''; "conforme o que cada um puder comer". Do mesmo modo nos alimentamos de Jesus, cada qual segundo o seu apetite, capacidade e força para fazê-lo.
- Mas essa mesma deliciosa refeição deve ser desfrutada por toda a família: "um cordeiro para cada família". Que não se desprezem esses dois privilégios. Que nenhum homem esteja contente sem a salvação pessoal, nem sem a salvação de toda a sua casa. Ambos os privilégios nos são prometidos naquele famoso texto de Atos 16:31.

2) O TEXTO MENCIONA UM POSSIBILIDADE E PROVÊ PARA ELA

Pode haver falta de pessoa que se alimentem do cordeiro, embora não possa haver falta de alimento para elas se nutrirem. A última coisa que foi providenciada para a grande festa das bodas foram os convidados. Os bois e os animais cevados foram mortos, e tudo já estava pronto, bem antes "que a sala do banquete ficasse repleta de convivas".

- Uma só família certamente é recompensa pequena demais para Jesus - pequena demais para o Cordeiro.
- Uma só família é pequena demais para render-lhe todo o louvor, adoração, serviço e amor que Ele merece.
- Uma só família é pequena demais para fazer toda a obra de anunciar o Cordeiro de Deus, manter a verdade, frequentar a igreja, conquistas o mundo. Portanto, convidemos o vizinho mais próximo de nossa casa. Se nosso vizinho não vier quando convidado, a responsabilidade não é nossa; mas se ele pereceu porque não o convidamos, a culpa pelo sangue recairia sobre nós. "Se não falares [...] o seu sangue eu o demandarei de ti" (Ez 33:8).

3) O TEMA TODO SUGERE IDEIAS SOBRE A COMUNHÃO DOS VIZINHOS NO EVANGELHO

- É bom que indivíduos e famílias se desenvolvam sem egoísmo e busquem o bem de todo um círculo amplo.
- É uma benção, quando o centro de nossa sociedade é o "cordeiro".
- Inúmeras bençãos já fluem para nós, advindas das amizades que surgiram de nossa união em Jesus. O companheirismo da Igreja tem sido um dos frutos nesse sentido.

Um menino perguntou à sua mãe qual dos personagens de "O Peregrino" ela mais apreciava. Ela respondeu: "Cristão, é claro; ele é o herói da história toda". O menino disse: "Eu não, mamãe, eu gosto mais de Cristiana, pois quando Cristão saiu em sua peregrinação, partiu só, mas quando Cristiana saiu, levou os filhos".
Um homem se dirigia ao trabalho certa manhã, quando lhe disseram que o rio havia transbordado e estava inundando o vale, levando morte e destruição por onde passava. Seu informante não parecia muito preocupado com o problema, mas o corajoso operário desceu em disparada para a parte mais baixa do vale gritando: "Se for assim, alguém tem de avisar as pessoas". Por sua oportuna advertência, salvou a vida muitas pessoas. 

28 de fev. de 2020

Comunhão. (Prof. Anísio Renato de Andrade)


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No jardim do Éden, Deus tinha comunhão com o homem. Comunhão significa convivência, relacionamento, comunicação, intimidade. Deus falava com Adão, ensinando-o como proceder. Foi assim até o dia em que Eva teve um diálogo com a serpente, que era o próprio Diabo. Essa conversa foi uma tentação fatal e daí veio o pecado humano. O que aconteceu? Eva teve um momento de comunhão com Satanás e perdeu a comunhão com Deus. Certamente, isso iria ocorrer porque "ninguém pode servir a dois senhores" (Mt.6.24) e não se pode "participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios" (I Cor.10.21).

Adão e Eva aceitaram o fruto do conhecimento oferecido por Satanás e perderam o direito de comer do fruto da árvore da vida. Cuidado! Ao aceitar a oferta do Diabo, você pode perder ou atrasar a bênção de Deus. Está escrito: "As más conversações corrompem os bons costumes." (I Cor.15.33). O problema de Eva começou quando ela deu ouvidos ao Diabo. Será que isso não está acontecendo hoje? O inimigo está querendo nossa atenção de todas as formas. Ele usa músicas, filmes, novelas, horóscopos, advinhações, "previsões", falsas doutrinas, conselhos dos ímpios, etc. Por isso, é bom que estejamos vigilantes. Não podemos dizer que o Diabo está em tudo, mas, certamente, suas mensagens e sinais estão em muitas coisas, muitos lugares e muitas pessoas. Precisamos tomar cuidado com aquilo que ouvimos, com os lugares que freqüentamos, e com os compromissos que assumimos. Logicamente, não vamos nos isolar, mas saberemos evitar qualquer envolvimento que possa colocar em risco nossa relação com Deus.

É verdade que nem sempre conseguiremos ficar fora do alcance da voz do inimigo. Às vezes o confronto pode ser inevitável, mas o mais importante é a resposta que daremos a ele. O próprio Jesus foi tentado e ouviu a proposta do Diabo, mas não dialogou com ele. Suas respostas foram sempre cortantes, sempre rejeitando as ofertas de Satanás.
Que o Senhor nos ajude a resistir firmes na fé. Assim, nossa comunhão com Deus será mantida e sua bênção sobre nós será constante.

Objetivos e planos. (Prof. Anísio Renato de Andrade)


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NECESSIDADES E SONHOS

Temos muitas necessidades e sonhos. Sejam naturais, espirituais, profissionais, familiares, e outros. O que fazer com tudo isso? Vamos assentar e esperar que tudo aconteça? De modo nenhum. Depois de verificarmos sua legitimidade, precisamos transformá-los em alvos, em objetivos. E depois? Identificado o objetivo, precisamos fazer um planejamento. Em todo início de ano, os sonhos vêm à tona. Mas, se não forem transformados em objetivos, seguidos do processo de concretização, acabarão se desvanecendo.


A necessidade - aquilo que você precisa.
O sonho - aquilo que você deseja (pode coincidir com a necessidade).
Análise de legitimidade - por quê você quer aquilo? para quê? Quais serão as consequências?
Análise de viabilidade - como o sonho se encaixa no contexto de sua vida? Qual será o preço a ser pago? Qual será o benefício? Vale a pena lutar por isso?
O objetivo - aquilo que você decide conquistar ou realizar.
O plano - definição das medidas necessárias para realização do objetivo: como, quando, onde, com quê, com quem.




PLANOS E RECURSOS

Antes de tudo, será importante prever o tipo e a quantidade de recursos necessários para a realização do projeto. Jesus disse que, se alguém quer construir uma torre (objetivo), precisa se assentar, antes de começar, para fazer as contas para ver se tem o dinheiro (recurso) necessário para concluir a obra (Lc.14.28). Se alguém quer fazer um bolo (objetivo), precisa verificar quais são os ingredientes (recursos) necessários e se os possui em quantidade suficiente. Só consigo imaginar duas formas de se evitar esse processo: ganhando tudo pronto de presente ou então roubando, o que não é aconselhável.

Talvez, depois de feitas as contas, pode-se concluir que o objetivo é inviável. Não existem recursos nem forma de obtê-lo. Não temos tempo a perder com sonhos impossíveis, mas nem sempre é este o caso. Talvez não tenhamos os recursos, mas, dependendo do caso, do tipo e da quantidade, eles poderão ser conseguidos de alguma forma. Algumas pessoas já receberam de seus pais grande quantidade de recursos materiais. Teoricamente, poderão ir mais longe do que aquelas que precisam ainda consegui-los. Contudo, Deus nos deu capacidade, inteligência, saúde, força e criatividade para realizarmos muito. Se os recursos não existem, será necessário um planejamento especial para sua obtenção. Por exemplo, seu sonho é um carro, mas você não tem dinheiro. Então, existe um ou mais objetivos que precisam ser alcançados antes do veículo. Você precisa de um bom emprego e, antes disso, de algum nível de formação escolar.

Portanto, até entre objetivos possíveis existe uma ordem de dependência e prioridade. Normalmente, os nossos alvos são como degraus de uma escada. Precisamos subi-los, um de cada vez. Pular entre eles pode dar certo, mas o risco de uma queda vergonhosa é muito grande (Pv.21.5).

Esse tipo de reflexão é útil para todos, mas principalmente para os mais jovens. É bom que você saiba organizar seus objetivos de modo sensato.

EXECUÇÃO E INVESTIMENTO

Considerando que temos em mente objetivos viáveis e todos os recursos necessários, precisamos providenciar a execução dos planos e o investimento dos recursos. Planos que não saem do papel acabam sendo comidos pelas traças. Recursos que não são utilizados acabam sendo perdidos. Isso parece até uma lei ou um princípio. Se, ao invés de fazer o bolo, você guardar os ingredientes por tempo indeterminado, eles serão comidos por "alguém". Não perca o "prazo de validade" dos recursos que Deus lhe deu. Não espere Jesus voltar para pregar o evangelho, fazer o bem ao próximo ou buscar sua realização pessoal.

Podemos ver os recursos como sementes. Você percebe o potencial que existe numa simples semente? Mas tudo depende do quê vai-se fazer com ela. Você pode guardar. Isso é perigoso, dependendo do tempo. Pode comer. Isso é legítimo e correto, mas quem come todas as sementes hoje, não terá uma colheita amanhã. Você pode usar todos os seus recursos consigo mesmo. Isso é egoísmo. Você pode compartilhá-los. Isso é amor. Você pode aplicar tudo num lugar só. Isso é alto risco. Você pode diversificar seu investimento. Isso é sabedoria. Você pode lançá-la em qualquer terreno. Isso é prejuízo. Pode lançá-la numa boa terra. Isso é retorno garantido.


Nós, cristãos, aprendemos a orar pedindo a Deus aquilo que precisamos. Contudo, muitas vezes a oração se torna um meio de substituir a ação. Não deveria ser assim. Precisamos orar e agir. Moisés clamou a Deus diante do Mar Vermelho. O Senhor lhe respondeu: "Por quê clamas a mim? Diga aos filhos de Israel que marchem." (Êx.14.15). Naquele episódio, o povo já sabia o que fazer. Quando não sabemos, precisamos orar. Depois, devemos agir.

Dependendo do grau de complexidade, o plano poderá estar dividido em metas. A solução fica mais fácil, se o problema puder ser dividido. As metas poderão estar divididas em tarefas ou etapas, e cada uma delas deverá ter um prazo determinado para sua execução, e a especificação do resultado esperado.

Por exemplo, se o meu sonho é passar o próximo reveillon em Israel, então eu preciso decidir que vou realizá-lo. Assim, o sonho se torna um objetivo. Em seguida, preciso identificar os recursos: basicamente, dinheiro e passaporte. Supondo que tenho tudo isso, posso fazer o plano, que se divide nas seguintes metas: 1-Marcar férias para o período. 2-Obter visto no consulado israelense. 3-Fazer reserva no hotel. 4-Comprar a passagem. 5-Preparar a bagagem. 6-Viajar. Cada uma dessas metas, pode ser divida em várias tarefas.

Para se executar qualquer plano, é necessário que se tenha disciplina. Não deixe para amanhã o que precisa ser feito hoje. Se você está no caminho para o seu objetivo, não pare no meio da jornada. Não deixe que outros objetivos venham desviá-lo da rota, a não ser que sejam realmente prioritários. Então, talvez seja o caso de abandonar o alvo inicial. Esse tipo de situação pode indicar que houve um erro na fase de planejamento.

Alguns sonhos são individuais. Outros são coletivos ou dependem da ação de outras pessoas. Então a situação fica mais difícil. Um sonho que se realiza em grupo pode ter uma quantidade de recursos disponíveis mais abundante. Porém, a disciplina necessária será muito maior e dificil de ser mantida. É muito mais fácil ser campeão de natação numa olimpíada do que ser campeão de futebol. Conseguir um grupo disciplinado, talentoso e eficiente é algo muito difícil. No entanto, não é impossível.

O OBJETIVO DE JESUS CRISTO

Por falar em grupo, lembremo-nos do objetivo de Jesus: ter uma igreja, santa, pura, sem mácula. A igreja não apareceria do nada. Ele precisaria edificá-la (Mat.16.16). Para isso, ele fez um plano e aplicou muitos recursos. Jesus veio ao mundo, cresceu, foi batizado, suportou a tentação, escolheu seus discípulos, deu-lhes ensinamento, treinamento e uma missão, morreu na cruz, ressuscitou, subiu ao céu e enviou o Espírito Santo. Quais foram os recursos utilizados? Em primeiro lugar, sua vida, seu sangue, seu Espírito. Em segundo lugar, os próprios discípulos são recursos que o Senhor usou. Afinal, nós também somos. E a concretização do seu plano ainda não terminou. Até agora, o Senhor teve muitos resultados parciais. Porém, em sua segunda vinda, o Senhor verá sua noiva madura e preparada. "Verá o fruto do trabalho de sua alma e ficará satisfeito." (Is.53.11).

Poderíamos ainda mencionar o objetivo de Deus para Israel no tempo de Moisés: a terra de Canaã. Os recursos materiais foram obtidos ainda no Egito. Outros recursos só poderiam vir de forma sobrenatural: nuvem durante o dia e coluna de fogo à noite; água da rocha e maná. Quando se caminha com Deus, buscando a execução dos propósitos dele, os recursos vêm. Nada nos faltará (Lc.22.35).

O TEMPO CERTO

É bom lembrarmos o que disse Salomão: existe um tempo determinado para todo propósito debaixo do céu (Ec.3.1) (Veja também Gn.18.14; 21.2; 29.21). Nosso tempo de vida é a base de toda análise. Não sabemos quanto tempo ainda nos resta, mas pelo média geral e pelo tempo que passou, podemos ter uma ideia razoável, ainda que incerta. Aos 80 anos de idade não adianta alguém querer ser campeão olímpico. "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios." (Salmo 90.12). Identificar o tempo certo para cada propósito é um desafio muito grande. Por isso, a bíblia mostra que tal discernimento é uma habilidade dos sábios (Ec.8.5; Ester 1.13). Peçamos então que Deus nos dê tal sabedoria (Tg.1.5) para que tenhamos bons objetivos e façamos bons planos e consigamos executá-los. Que possamos edificar uma casa e habitar nela, plantar uma vinha e comer do seu fruto (cf. Jr.29.28).

Contudo, a bíblia nos ensina que todo tempo é adequado para se praticar a justiça, para se fazer o bem, para se reconciliar com Deus, orar, pregar a sua palavra e fazer sua vontade (Dt.6.24; Ec.9.8; II Cor.6.2; Heb.3.15; II Tm.4.2; I Tss.5.17). Adiar tais objetivos é seguir as artimanhas do inimigo (Ag.1.2-6).

DEPENDÊNCIA DE DEUS

O lavrador pode ter as sementes, pode abrir a terra e semear. Porém, ele não pode fazer chover. Em princípio, existe um tempo certo para as chuvas. É necessário então que se conheçam os tempos. Identifique o tempo certo e aproveite-o (Êx.34.21; Pv.10.5; 20.4). Em casos extremos, até a sabedoria pode ser inútil (Ec.7.7). Sabe-se o tempo da chuva, mas não chove. Então, nota-se o qual dependentes somos de Deus; o quanto precisamos orar para que ele nos abençoe. Mas lembre-se: orar e agir.

Por melhores que sejam os nossos objetivos e planos, muitas coisas estão fora do nosso alcance. Por isso, esse tema não se restringe ao âmbito do domínio humano. Precisamos orar para que Deus mude situações que não podemos mudar. Muitos objetivos na vida dependem de uma oportunidade que talvez não possamos criar. Oremos a Deus para que possamos ver as boas oportunidades e recusar as falsas. No Éden, Eva aceitou uma objetivo proposto: ser como Deus. Porém, era uma falsa oportunidade. No deserto, Jesus também ouviu várias propostas do inimigo, mas não aceitou nenhuma delas. Tais situações são armadilhas disfarçadas de oportunidades. Não devemos fazer do pecado nosso objetivo pois o investimento exigido é a própria alma. (Salmo 52.2; 64.6)

ONDE ESTÁ O LIMITE?

Todo objetivo vale a pena? Primeiro buscamos garantir nossa sobrevivência e segurança. Depois começamos a almejar muito mais. Depois do suprimento queremos o conforto. Depois do conforto, o luxo. Muitos chegam ao ponto de abrir mão de valores morais para alcançarem o que lhes parece ser um patamar mais alto na vida. Será que estamos buscando o "ser como Deus"? Cada um precisa manter sob controle sua própria ambição. Uma forma de se fazer isso é apegando-se a valores espirituais e buscando o bem do próximo. A doação é um exercício de domínio próprio, é um freio que se impõe ao egoísmo. Busque seus objetivos mas ajude também o seu próximo a alcançar os dele.

EXCESSO DE ALVOS

Outro problema que precisa ser avaliado é o excesso de alvos ou a incompatibilidade entre eles. O ser humano vive perseguindo objetivos diversos. Será que os alcançará? Será que eu e você alcançaremos nossos objetivos? Somos como caçadores que vivem correndo atrás de suas presas. Se quisermos perseguir muitas caças ao mesmo tempo, poderemos perdê-las todas.

Identifique seus objetivos. Coloque-os em ordem de prioridade. Faça planos, ore e trabalhe. Que Deus o abençoe.


"O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem do Senhor." (Pv.16.1)

Indo além dos limites. (Prof. Anísio Renato de Andrade)


"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." (At 1:8)

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O livro de Atos dos Apóstolos traz, em seu primeiro capítulo, o relato sobre os últimos dias de Jesus com os discípulos antes da ascensão (At.1.1-8). Esse foi um período de transição. Lucas já havia escrito um tratado endereçado a Teófilo. Seu primeiro livro relata os fatos concernentes ao ministério terreno de Jesus até ser assunto aos céus. Agora, Lucas retoma a narrativa a partir desse ponto para comunicar a Teófilo o início e o desenrolar de uma nova fase da ação divina entre os homens. O período dos evangelhos foi o tempo marcado pela ação e ensino de Jesus (At.1.1). O novo tempo haveria de se caracterizar pela ação dos apóstolos, movidos pelo Espírito Santo. No capítulo 1 de Atos, estão registradas as palavras de Jesus anunciando essa nova realidade. No versículo 5, ele menciona o batismo nas águas como experiência que os discípulos já possuíam e anuncia o batismo no Espírito Santo como fato iminente e necessário.

Hoje temos consciência da singularidade daquele momento histórico. Era chegada a hora de estabelecer a Igreja. Era tempo de avançar, crescer, invadir o território dominado pelo inimigo e tomar posse da vitória conquistada no Calvário. Não obstante, notamos, pelo texto, que os discípulos não estavam sintonizados com este propósito. Perguntaram ao Mestre: "Restaurarás neste tempo o reino a Israel ?" Tal questionamento estava totalmente fora do contexto, mas serve para avaliarmos a distância entre a visão dos discípulos e o objetivo de Jesus.

- Os discípulos estavam preocupados com o reino de Israel. Jesus estava discorrendo sobre o Reino de Deus (v.3 e 6).

- A expectativa dos discípulos se limitava a uma nação – Israel. O reino anunciado por Jesus alcançaria os confins da terra – todas as nações (v. 6 e 8).

- O reino reclamado pelos discípulos tinha, sobretudo, uma conotação política. O Mestre se referia a um reino essencialmente espiritual.

- Os discípulos estavam focalizados em seu tempo presente. Jesus anunciava um projeto cuja execução alcançaria os nossos dias e os vindouros.

Observamos que os apóstolos estavam totalmente presos em seus limites. Esse é o retrato de muitos cristãos atuais, que mantêm sua experiência espiritual amarrada pelo egoísmo e pelo materialismo. Jesus estava mostrando que era hora de ir além.
Vemos isso no versículo 8. Era preciso entrar no "mover do Espírito": realizar a obra em Jesuralém, percorrer o restante da Judéia, ir a Samaria e até aos confins da terra. O tempo da igreja é o tempo de ir além dos limites que nós mesmos impomos à operação de Deus. Tais limitações podem ser geográficas, como mostra o texto, mas também sociais, religiosoas, etc.

- Deus quer nos usar em Jerusalém. Este é o lugar onde estamos. Diz respeito aos recursos de que dispomos e as capacidades que já possuímos. Esse é o ponto de partida. Não é o fim da trilha, como muitos querem.

- É preciso percorrer a Judéia. Nesse ponto, notamos a idéia de movimento. É o fim da inércia. É o rompimento do primeiro limite. Deus não está limitado ao que ele já fez em nossas vidas. Existem outros níveis a alcançar. Não podemos ficar parados em nossa experiência espiritual.

- Em seguida, os apóstolos deveriam alcançar Samaria. Ordem difícil essa! Eles não gostariam de ir até lá. Judeus e samaritanos não se comunicavam. Se Jesus não citasse nominalmente essa cidade, provavelmente os discípulos a teriam negligenciado no anúncio do evangelho. Esse era um limite difícil de ser transposto: o limite do preconceito, a barreira social e religiosa. Samaria é o lugar onde não queremos ir, mas faz parte do roteiro divino. Essa cidade representa o que não queremos fazer, mas foi ordenado por Deus. É tempo de romper este limite e realizar o que o Senhor quer.

- Depois de Samaria, deveriam ser atingidos os confins da terra. Estes representam os lugares e experiências que estão além do que conhecemos e imaginamos. De acordo com a noção geográfica dos discípulos, os confins da terra não estavam muito distantes da Palestina. Todavia, Jesus se referia ao alcance da mensagem apostólica a todas as regiões que seriam descobertas mais tarde. Tudo isso nos mostra a necessidade de sermos conduzidos pelo Espírito Santo, mesmo que seja até Samaria ou ao deserto (Mt.4.1).

Estamos vivendo o tempo da igrejao ministério do Espírito Santo. É hora de irmos além dos limites que impedem a expansão do Reino de Deus. É hora de movimento, não desordenado, mas orientado pelos padrões bíblicos. Desse modo, o Senhor agirá através de nós e seremos aqueles que manifestarão ao mundo a multiforme sabedoria de Deus.

José abre os celeiros. (por C. H. Spurgeon)


"José abriu todos os celeiros"(Gn 41:56)

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Observe a generosidade da providência em exaltar José para salvar a casa de Israel, sim, e o mundo inteiro, de morrer de fome. A seguir, note a grandeza da graça soberana em exaltar a Jesus para salvar o seu povo, e para ser a salvação de Deus até os confins da terra.
José havia enchido de antemão os vastos celeiros, e nosso texto mostra como ele usou o que fora armazenado - "José abriu todos os celeiros". Quanto mais foi feito por Jesus: sermos participantes da sua graça!

1) JOSÉ ABRIU OS CELEIROS POR AUTORIDADE REAL

- Só por meio de José é que se podia aproximar do rei (v. 55). Assim também acontece com Jesus (Jo 14:6)
- O rei ordenou que se obedecesse a José (v. 55); (Jo 5:23)
- Em toda a terra, ninguém podia abrir um celeiro, exceto José (Jo 3:35)

2) JOSÉ ERA A PESSOA CERTA PARA ABRIR OS CELEIROS

- Ele planejou os celeiros e foi apontado com justiça, para controlá-los. Ver os versículos 33-36 e 38. (Hb 1:1-3)
- Ele o fez numa escala nobre (v. 49)
- Teve sabedoria para distribuir bem. Traça-se facilmente aqui um paralelo, porquanto nosso Senhor é aquele Mordomo, um dentre mil, que proveu para a fome de nossa alma. (Cl 1:19; Jo 1:16)

3) JOSÉ, REALMENTE, ABRIU OS CELEIROS

- Com essa finalidade os enchera. A graça existe para ser desfrutada.
- Ele os abriu no tempo certo. (v. 55-56)
- Ele os manteve abertos enquanto durou a fome. Nunca se fecharam, enquanto se aproximou um solicitante faminto.

4) JOSÉ ABRIU OS CELEIROS A TODOS QUANTOS VINHAM

- Muitos vinham de longe, em busca de alimento. (v. 57)
- Não se sabe de ninguém que tenha sido despedido vazio. José, porém, apenas vendia, enquanto Jesus dá de graça. Quer vir a Ele em busca de pão celestial?

William Bridge disse: "Em Jesus Cristo há o suficiente para servir a todos nós. Se dois, seis ou vinte homens estão com sede e vão beber de uma garrafa, enquanto um estiver bebendo, os demais sentem inveja, porque pensam que não haverá o bastante para todos; mas se uma centena estiver com sede, e todos forem ao rio, enquanto um estiver bebendo, os demais não sentem inveja, porque há o suficiente para todos".
Todas as benção espirituais por meio das quais a Igreja é enriquecida, estão em Cristo e são concedidas por Cristo. O apóstolo cita algumas das mais escolhidas em Efésios 1. Nossa eleição é determinada por ele (v. 4). Nossa adoção é por ele (v. 5). Nossa redenção e remissão de pecados são ambas, mediante ele. Todas as transações graciosas entre Deus e o seu povo realizam-se através de Cristo. Deus nos ama por meio de Cristo; ele ouve nossas orações mediante Cristo; ele nos perdoa todos os pecados por meio de Cristo.
"Mediante Cristo, ele nos justifica; mediante Cristo, ele nos santifica; mediante Cristo, ele nos sustém; mediante Cristo, ele nos aperfeiçoa. Todas as suas relações conosco são por meio de Cristo; tudo o que temos vem de Cristo; tudo o que esperamos ter, depende dele. Ele é a dobradiça de ouro sobra a qual gira a nossa salvação". (Ralph Robinson)

Quase um Cristão. (por John Wesley)



Então Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão" (Atos 26:28).


 E muitos há que vão assim tão longe! Desde que a religião Cristã está, no mundo, tem havido muitos, de todas as épocas e nações, que foram quase persuadidos a serem cristãos. Mas, visto que não traz proveito algum diante de Deus, ir apenas até aí, é de grande importância considerarmos o que significa ser um cristão completo.

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Primeiro, está implícito a honestidade pagã. Ninguém, eu suponho, irá fazer alguma pergunta sobre isso; especialmente, porque, por honestidade pagã, eu quero dizer, não apenas o que está recomendado, nos escritos dos seus filósofos, mas aquilo que os pagãos comuns esperam uns dos outros, e muitos deles, atualmente, praticam. Através da honestidade pagã, eles foram ensinados que não deveriam ser injustos; levando embora os bens de seu próximo, tanto roubando como furtando; que não deveriam oprimir o pobre, usando de extorsão, em direção a qualquer um; que não deveriam ludibriar, ou fraudar, o pobre ou o rico, em qualquer que seja o comércio, que tiveram; defraudando de homem algum seu direito; e, se possível, não tendo dívidas para com algum deles.

Novamente: Os pagãos comuns tinham consideração com a verdade e com a justiça, mantendo, na abominação, os que estavam em perjuro, e que chamaram a Deus para testemunhar uma mentira; assim como o caluniador do próximo, que falsamente acusou algum homem; atribuindo aos mentirosos voluntariosos, de qualquer espécie, a desgraça da raça humana, e as pestes da sociedade.

E, ainda: Existia uma forma de amor e assistência, que eles esperavam uns dos outros, sem preconceito, e que se estenderam, não apenas, àqueles pequenos préstimos de benevolência, que são executados, sem qualquer despesa ou trabalho, mas, igualmente, para alimentar o faminto, se eles tivessem comida de sobra; vestir o desnudo, com suas próprias vestimentas supérfluas; e, em geral, dando, a qualquer que necessitasse, aquilo que eles não necessitaram para si mesmos. Assim sendo, resumidamente, a honestidade pagã veio a ser; a primeira condição que implica em se ser quase um cristão.

Uma Segunda coisa implícita, é ter uma forma de santidade; aquela santidade que é prescrita no Evangelho de Cristo; e que tem a aparência de um cristão verdadeiro. Mesmo porque, o quase cristão não faz aquilo que o Evangelho proíbe. Ele não toma o nome de Deus em vão; ele abençoa, e não amaldiçoa; ele não jura, afinal, mas sua comunicação é, sim, sim; não, não. Ele não profana o dia do Senhor, não suporta que ele seja profanado, mesmo por estranhos que estejam em suas reuniões.  Ele não apenas evita todo adultério efetivo, fornicação, e impurezas, mas todas as palavras, olhares, que, direta ou indiretamente, tende a isso; e mais ainda, toda palavra vã, abstendo-se tanto da difamação, quanto da maledicência, fofoca, e de toda "conversa tola e sarcástica"; uma espécie de virtude, nos preceitos moralistas pagãos; resumidamente, de toda a conversa que não é "boa para o uso da edificação" e que, conseqüentemente, "aflige o Espírito Santo de Deus, por meio do qual, nós fomos lacrados para o dia da redenção".

Ele se abstém de "vinho, em excesso", de farra e comilança. Ele evita, o quanto pode, de se colocar, em todo tipo de discussão e contenda, continuamente, esforçando-se para viver, pacificamente, com todos os homens. E, se ele sofre algum dano, ele não se vinga, nem paga o mal com o mal. Ele não diz insultos, não é briguento, e nem escarnecedor, seja nas faltas ou nas fraquezas de seu próximo. Ele, de boa-vontade, não erra, machuca, ou aflige qualquer homem; mas, em todas as coisas, age e fala por aquela regra clara: "não faze ao outro, o que não queres que façam a ti".   

E em fazendo o bem, ele não se limita aos préstimos baratos e fáceis da benevolência, mas trabalha e sofre, para o proveito de muitos, para que, por todos meios, ele possa ajudar a alguém. A despeito da luta ou da dor, "o que quer que suas mãos encontrem o que fazer, ele faz, com toda sua força", não importa, se para amigos ou para inimigos, para o mal ou para o bom. Porque, não sendo "indolente", nisso, ou em suas "tarefas", quando ele "tem oportunidade", ele faz o "bem"; todas as formas de bem, "a todos os homens", para suas almas, tanto quanto para seus corpos. Ele reprova o mal, instrui o ignorante, fortalece o irresoluto, estimula o bom, e conforta o aflito. Ele trabalha para acordar aqueles que dormem; para conduzir, aqueles que Deus já tem acordado, para a "fonte aberta para o pecado e para a impureza", para que possam lavar-se, nela, e tornar-se limpos; e para encorajar aqueles que são salvos, através da fé, a adornar o Evangelho de Cristo em todas as coisas.

Ele que tem a aparência da santidade, usa também os meios da graça; sim, todos eles, e em todas as oportunidades. Ele, constantemente, freqüenta a casa de Deus; e isto, não da maneira como alguns fazem, que vêm, à presença do Mais Alto, carregado com ouro e vestuário caro, ou, com toda a vaidade ostentosa, no se vestir; bem como, por suas cortesias inoportunas, uns para com os outros, ou pela alegria impertinente de seu comportamento, repudiando todas as pretensões infantis que ele forme, tanto quanto, para o poder da religiosidade deles. Haveria para Deus, ninguém, entre nós, que não tenha caído na mesma condenação? Que tenha entrado, nessa casa, e que, tenha olhado em volta, com todos os sinais da mais apática e descuidada indiferença, embora, algumas vezes, possa parecer usar a oração a Deus, para suas bênçãos, naquilo que esperam; que, durante todo o serviço maravilhoso, estão dormindo, ou reclinados, na postura mais conveniente para isso; ou, quando supõe que Deus esteja dormindo, falando uns com os outros, ou espiando ao redor, como, extremamente, isentos de qualquer ocupação? Nem esses podem ser acusados de aparência de santidade. Não! Aquele que tem mesmo isso se comporta, com seriedade e atenção, em todas as partes do serviço solene. Mais, especialmente, quando ele vem à mesa do Senhor, não é com um comportamento leviano e descuidado, mas com a aparência, gestos, e conduta, que falam nada mais do que "Deus, seja misericordioso comigo, que sou um pecador!".

Para isso, se acrescentarmos o uso constante da oração familiar, por aqueles que são os chefes das famílias, e reservando um tempo, para os endereçamentos privados a Deus, com uma seriedade diária de comportamento; ele que, uniformemente, pratica essa religião exterior, tem a aparência de santidade. Necessitando de apenas uma coisa, com o objetivo de se ser quase cristão, a sinceridade. 

Por sinceridade, eu quero dizer, um princípio religioso real, e interno, de onde, essas ações exteriores fluem. E, realmente, se nós não temos isso, nós não temos a honestidade pagã; não, nem tanto dela, como para responder a discussão do poeta epicurista (dado aos prazeres da vida). Mesmo esse pobre patife, em seus intervalos de sobriedade, é capaz de testificar que:

Os homens de bem evitam o pecado de amar a probidade;
Os homens perniciosos, o pecado do medo da punição.

Assim sendo, se algum homem deixa de praticar o mal, para evitar a punição, a perda de seus amigos, seu ganho, ou sua reputação, deveria, igualmente, fazer sempre o bem, usando de todos os meios da graça. Ainda assim, mesmo não praticando o mal e fazendo sempre o bem, não é possível assegurar que esse homem é mesmo quase um cristão, porque, se ele não tiver princípio melhor, em seu coração, ele será apenas um hipócrita!

Sinceridade, por conseguinte, está, necessariamente, comprometida, em se ser quase um cristão; o objetivo real de servir a Deus, um desejo ardente de fazer a Sua vontade. Necessariamente, implica, que um homem tem uma idéia sincera de agradar a Deus, em todas as coisas; em todas as suas conversas; em todas as suas ações; em tudo que ele faz; ou deixa sem fazer. Esse objetivo, se algum homem for quase um cristão, segue através de todo o teor de sua vida. Esse é o princípio propulsor, em fazer o bem, e abster-se do mal, e usando as ordenanças de Deus. 

Mas aqui, deverá, provavelmente, ser inquirido, "É possível que algum homem possa chegar, tão longe, e, não obstante, ser alguém quase cristão? Quanto mais é necessário para que ele seja um completo cristão?". Em primeiro lugar, eu respondo que alguém pode ir, até mais longe, e ainda assim, ser apenas um quase cristão.

Irmãos, grande é "minha audácia, com respeito a vocês, nesse interesse". E "perdoem-me esse erro", se eu declaro minha insensatez no que anuncio publicamente, para por causa de vocês e do Evangelho. Sujeito-me, então, a falar, livremente de mim mesmo, exatamente como de outro homem. Eu estou contente em ser humilhado, para que vocês sejam exaltados, e para ainda mais desprezível para a glória do meu Senhor.  

Eu tenho ido assim, tão longe, por muitos anos, como muitos desses lugares podem testificar; usando diligência para evitar todo o mal, e ter uma consciência isenta de ofensa; resgatando o tempo; e, em toda oportunidade, fazendo todo o bem a todos os homens; constantemente e cuidadosamente, usando todos os meios públicos e todos os meios privados da graça; esforçando-me, na busca de uma sinceridade firme de comportamento, todo o tempo, e em todos os lugares; e, Deus é meu testemunho, diante de quem eu permaneço, fazendo tudo isso, com sinceridade; tendo um desígnio real de servir a Deus; um desejo ardente de fazer todas as suas vontades; para agradar a Ele que tem me chamado para "lutar uma boa luta", e para "assegurar a vida eterna". Ainda assim, minha própria consciência testemunha, no Espírito Santo, que todo esse tempo, eu tenho sido, a não ser um quase cristão.

Se for inquirido: "O que mais é necessário, além disso, para que se seja um cristão completo?". Eu repondo:

O amor a Deus. Porque assim diz sua palavra: "Você irá amar o Senhor seu Deus, com todo seu coração, com toda sua alma, com toda sua mente, e com toda sua força". Tal amor é esse, como que se apoderando de todo o coração; como acolhendo todas as afecções; como preenchendo a capacidade total da alma, e empregando a mais extrema extensão de todas as suas faculdades. Ele que assim ama o Senhor seu Deus, seu espírito, continuamente, "regozija-se em seu Deus Salvador". Seu deleite está no Senhor; seu Senhor e seu Tudo, a quem "em tudo dá graças. Todo seu desejo está no Senhor, e para a lembrança do seu nome". Seu coração está sempre clamando: "Quem mais eu tenho no céu, a não ser a ti? E não há ninguém sobre a terra que eu deseje além de ti". Realmente, o que mais ele deve desejar além de Deus? Não o mundo, ou as coisas do mundo: Porque ele está "crucificado para o mundo, e o mundo crucificado nele". Ele está crucificado para "o desejo da carne, o desejo do olho, e o orgulho da vida". Sim, ele está morto para o orgulho de toda a sorte: Porque "o amor não se ensoberbece"; mas "ele que habita no amor, habita em Deus, e Deus nele", é menos do que nada, para seus próprios olhos.

O amor ao próximo. Para isso diz nosso Senhor, nas seguintes palavras: "deves amar o teu próximo, como a ti mesmo". Se algum homem perguntar: "Quem é o meu próximo?" Nós respondemos: todos os homens do mundo; todos os filhos Dele que é o Pai de todos os espíritos de toda a carne. Nem nós podemos excluir nossos inimigos, ou os inimigos de Deus e suas próprias almas. Mas todo cristão ama esses também, como a si mesmo. Sim! "Como Cristo nos amou!". Ele que gostaria de entender, mais completamente, que espécie de amor é esse, podemos considerar a descrição de Paulo, sobre ele: "O amor é paciente e benigno". "O amor não arde em ciúmes ou inveja, e não se ufana". "O amor não se ensoberbece"; mas faz aquele que ama, o menor, o servo de todos. "Não se conduz inconvenientemente"; mas torna-se "todas as coisas para todos os homens". "Não procura o seu interesse"; mas o que é bom dos outros, para que eles possam ser salvos. "Não se exaspera"; ele atira fora a ira. "Não se ressente do mal. Ele não se alegra com a injustiça, mas regozija-se na verdade. Ele protege todas as coisas; acredita em todas as coisas; espera todas as coisas; suporta todas as coisas".

Existe ainda uma coisa mais que pode ser, separadamente, considerada; embora, ela não possa, atualmente, ser separada da precedente, na qual está subtendido ser um cristão completo; e que é o alicerce de todas elas, mesmo da fé. "Todo aquele", diz o amado discípulo, "que acredita que é nascido de Deus". "Para tantos quantos o receberam, deu o poder de se tornarem filhos de Deus; até mesmo aqueles que acreditam em seu nome". E, "Essa é a vitória que supera o mundo, mesmo a nossa fé". Sim, nosso Senhor declara: "Ele que acredita no Filho, tem a vida eterna; e não é condenado, mas passa, da morte, para a vida".

Mas que homem algum iluda a sua própria alma. "Deve ser notado, diligentemente, que a fé, a qual não conduz ao arrependimento, ao amor, e todas as boas obras, não é aquela fé viva e justa, mas é a fé morta e diabólica. Porque mesmo os demônios acreditam que Cristo tenha nascido de uma virgem; que ele forjou todas as formas de milagres, declarando a si mesmo, verdadeiramente, Deus; que, por nossa causa, ele sofreu a maioria das dores da morte, para nos redimir da morte eterna; que ele se ergueu, no terceiro dia; que ele ascendeu aos céus; e senta-se, à direita, do Pai, e que, no fim dos tempos, voltará para julgar os vivos e os mortos. Esses artigos de nossa fé, eles acreditam, e, igualmente, em tudo que está escrito no Velho e Novo Testamento. Mas, ainda, apesar de terem toda essa fé, ainda assim, eles não são mais nada, do que demônios. Eles permanecem, ainda, na condição abominável deles, necessitados da verdadeira fé cristã".

A fé cristã, correta e verdadeira (para usar as palavras de nossa própria igreja), "não é aquela que nos faz acreditar nas Escrituras Sagradas, e nos artigos de nossa fé, como verdadeiros, mas é aquela que, além disso, nos traz a confiança e segurança de sermos salvos da condenação eterna, através de Cristo. Essa é a verdadeira crença e confiança, a qual o homem tem em Deus; a de que, pelos méritos de Cristo, seus pecados foram perdoados, que ele está reconciliado, para o favor de Deus; a respeito de quem, ele segue, com o coração afetuoso, para obedecer a seus mandamentos".

Agora, quem quer que tenha essa fé, que "purifica o coração (pelo poder de Deus, que habita nele), do orgulho, da ira, do desejo, de toda iniqüidade; de toda impureza da carne e espírito"; e que o preenche, com o amor mais forte que a morte, tanto para com Deus, como para com toda a humanidade; amor que realiza as boas obras de Deus, glorificando, para despender-se e consumir-se por todos os seres humanos, e que suporta, com alegria, não apenas a repreensão de Cristo, que o homem escarneceu, desprezou e odiou, acima de todos os homens; mas tudo quanto a sabedoria de Deus permita à malícia dos homens, ou dos demônios impor; quem quer que tenha essa fé, operando, assim, por amor, não é alguém que é quase, mas alguém que é um cristão completo!

Mas, quais são os testemunhos vivos dessas coisas? Eu imploro a vocês, irmãos, como na presença desse Deus, diante de quem "inferno e destruição estão sem cobertura; quanto mais os corações dos filhos dos homens"; que cada um de vocês possa perguntar a seu próprio coração: "Eu faço parte desse número? Eu tenho praticado justiça, misericórdia, verdade, e mesmo as regras que a honestidade pagã requer? Se for assim, eu tenho o perfil verdadeiro de um cristão? A aparência da santidade? Eu me abstenho do mal; de tudo o que é proibido, nas palavras escritas de Deus? Eu realizo tudo aquilo que está ao alcance de minhas mãos, com todas as minhas forças? Eu seriamente uso as ordenanças de Deus, em todas as oportunidades? E, tudo isso é feito com o desígnio e desejo mais sinceros, para agradar a Deus, em todas as coisas".

Existem muitos de vocês, conscientes, de que vocês nunca chegaram tão longe; que vocês não têm sido, nem mesmo quase cristãos; que vocês não têm chegado ao modelo da honestidade pagã; pelo menos, não para a aparência da santidade cristã? Muito menos, tem Deus visto sinceridade em vocês; o objetivo real de agradá-lo, em todas as coisas! Vocês nunca pretenderam, a esse tanto, devotar todas as suas palavras, obras, seus trabalhos, estudos, diversões para a glória Dele. Vocês, nem mesmo, designaram ou desejaram que o que quer que vocês façam, seja feito "em nome do Senhor Jesus", e que, como tal, constitua-se "em um sacrifício espiritual, aceitável para Deus, através de Cristo". 

Mas, supondo que vocês tenham conseguido isso...  Os bons objetivos e desejos fazem um cristão? De maneira alguma! A menos que eles sejam trazidos para os bons efeitos. "O inferno é assoalhado", diz alguém, "com boas intenções". A grande questão de todas, então, ainda permanece. Tem o amor a Deus espalhado-se para fora, dos seus corações? Vocês têm clamado alto: "Meu Deus, e meu Tudo?". Vocês desejam alguma coisa, a não ser ele? Vocês estão felizes em Deus? Ele é a glória de vocês, e seu deleite, sua coroa de regozijo? E esse mandamento está escrito em seus corações, "Que ele que ama a Deus, deve amar também o seu irmão?" E vocês amam a seu próximo, como a si mesmos? Vocês, então, amam todos os homens, mesmo os inimigos, e os inimigos de Deus, como as suas próprias almas? Como Cristo tem amado vocês? Sim, vocês acreditam que Cristo os amou, e deu a si mesmo por vocês? Vocês têm fé no sangue Dele? Acreditam que o Cordeiro de Deus tirou fora os seus pecados, e os jogou, como uma pedra dentro das profundezas do mar? Que ele tem apagado os manuscritos que havia contra vocês, tirando-os fora do caminho, pregando-nos na sua cruz? Vocês têm, realmente, a redenção através de seu sangue, mesmo a remissão de seus pecados? E seu Espírito tem sido testemunho com o espírito de vocês de que vocês são filhos de Deus?

Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que agora se situa no meio de nós, sabe que, se algum homem morrer, sem essa fé e esse amor, melhor seria para ele nunca ter nascido. Acorda, então, tu que dormes, e clama pelo teu Deus: Chama-o, enquanto Ele ainda pode ser encontrado. Que ele não tenha descanso, até que faça "sua santidade passar diante de ti"; até que proclame em ti o nome do Senhor: "O Senhor; O Senhor Deus, misericordioso e gracioso, longânime, e abundante na santidade e verdade; mantendo misericórdia, por ti; perdoando a iniqüidade, a transgressão e o pecado". Não deixa homem algum te persuadir, por meio de palavras vãs; a descansar um pouco daquele prêmio do teu grande chamado. Mas clama a ele, dia e noite; àquele que, "enquanto nós estávamos sem forças, morreu pelo descrente; até que tu saibas em quem deves acreditar, e possas dizer: Meu Senhor, e meu Deus!" Lembra-te "sempre de orar, e não desfalece", até que ergas as tuas mãos, para os céus, e declares a Ele que vive para sempre e sempre, "Senhor, tu que sabes todas as coisas, sabes que eu amo a ti!".

Que possamos todos assim experimentar o que é ser, não apenas um quase cristão, mas um cristão completo, estando justificados gratuitamente pela Sua graça, através da redenção que está em Jesus; sabendo que nós temos paz com Deus, por meio de Jesus Cristo, regozijando-nos na esperança da glória de Deus; e tendo o amor de Deus, espalhado, por todos os lados, em nossos corações, pelo Espírito Santo, dado a nós!

27 de fev. de 2020

O Vale de Ossos Secos. (Prof. Anísio Renato de Andrade)


"... O Senhor me levou em espírito e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos... eram numerosos e estavam sequíssimos... Então me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor... Então profetizei... e eis que se fez um reboliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso... E profetizei como ele me deu ordem: então o espírito entrou neles e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo." (Transcrição parcial do texto de Ezequiel 37.1-14)

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Uma das mensagens desse texto é a esperança baseada no poder de Deus. Se Deus enviasse o profeta ao meio de pessoas doentes, Ezequiel talvez pudesse sugerir tratamentos para elas. Porém, Deus o coloca diante de mortos, e não apenas isso, mortos há muito tempo, com seus ossos sequíssimos. É um quadro que mostra o fim dos recursos naturais e humanos. Aparentemente, é o fim de tudo. Mas os recursos divinos ainda não se esgotaram. Aleluia!

Quando tudo parece perdido, Deus ainda tem solução. Veja o caso de Lázaro (João 11). Jesus chegou quatro dias depois do seu sepultamento. Parecia tarde demais, mas para Deus não era, e ele foi ressuscitado.

Aquele vale cheio de ossos desarticulados e misturados mostra a desorganização de uma vida sem Deus. Vida? É mais apropriado dizer uma morte em vida. Desorganização nos sentimentos, nos negócios, nos objetivos, na família, etc. Muitas pessoas hoje são verdadeiros mortos-vivos. Já sepultaram seus sonhos e seus ideais. Deus disse ao profeta : "Filho do homem, profetiza aos ossos: ossos secos ouvi a palavra do Senhor..." A Palavra de Deus é o remédio para o problema do homem. É através da palavra de Deus, a Bíblia, pregada e ensinada, que os mortos espirituais viverão. A Palavra de Deus é viva (Hb.4.12) e comunica vida. Aqueles que receberem de bom grado essa Palavra, serão por ela transformados, vivificados.

Cada osso vai encontrando seu lugar no corpo. Isso pode ser usado de forma aplicada para dizer que cada pessoa vai encontrando sua posição no corpo de Cristo, que é a igreja. Vai encontrando sua razão de viver, sua missão, seu objetivo de vida, sua função.
O texto destaca ainda a importância da ação do Espírito de Deus sobre nós. De nada adianta tudo estar no seu lugar, se não houver a ação do Espírito Santo, se não houver unção, se não houver poder. Seria como um motor de um carro que estivesse bem montado, mas sem o lubrificante e o combustível necessários ao seu perfeito funcionamento. Assim, nossas igrejas não devem ser apenas organizações bem estruturadas. Isso é bom, mas não é suficiente. Não podemos funcionar sem o poder do Espírito Santo, sem a unção dos céus.

Uma vez que estamos vivificados pela Palavra, e ungidos pelo Espírito, tornamo-nos um exército. Deus não ressuscitou aqueles mortos para que cada um fosse cuidar de seus próprios interesses. Deus os ressuscitou para que se tornassem um exército para lutar na causa do Senhor. Aqueles que são vivificados, salvos pelo Senhor, serão usados para alcançar outros. Isso não quer dizer que deixaremos de cumprir com os nossos deveres. Vamos trabalhar, estudar, divertir, etc. Mas nada disso ocupará o lugar de Deus em nossas vidas. Nada disso poderá impedir que façamos nosso trabalho na obra de Deus. Ele nos ressuscitou (Ef.2.1-2). Logo, nossa vida pertence a ele e vamos viver para a sua glória.

Onisciência & oração. (Prof. Anísio Renato de Andrade)


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Algumas vezes nos deparamos com afirmações bíblicas que muitos poderiam considerar contraditórias. Entretanto, à medida em que meditamos na Palavra de Deus, ele abre os olhos do nosso entendimento afim de compreendermos a sua vontade.
Tomamos por exemplo a ordem de Jesus aos discípulos: "rogai ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara" (Mt.9.38). A lógica humana nos diz que, sendo Deus o Senhor da obra, não seria necessária, e poderia até ser incoveniente, nossa interferência na questão pedindo que ele mande trabalhadores. Analisemos ainda as palavras de Jesus em Mateus 6. No versículo 8, ele afirma que o Pai sabe das nossas necessidades antes que peçamos algo. Entretanto, nos versículos de 10 a 13, o Senhor nos ensina a fazer diversos pedidos ao Pai: que venha o seu reino, que nos dê o pão, que nos livre do mal, etc. Levando em consideração que o Pai já sabe que precisamos de tudo isso, parece desnecessária nossa oração de petição. Porém, Jesus não pensava dessa maneira. Ele dizia: "Pedi e dar-se-vos-á." (Mt.7.78). Tiago escreveu: "Não tendes porque não pedis." (4.2). É verdade que muitas vezes Deus nos dá algo que não havíamos pedido. Entretanto, esta não é a regra geral.
Em síntese, perguntamos: Se Deus já sabe das nossas necessidades, por quê precisamos pedir? Entendemos que, se Deus nos desse tudo o que precisamos independentemente de nosso pedido, estaríamos sujeitos aos seguintes inconvenientes:

1 – Não sentiríamos nossa necessidade. Deus quer que nos sintamos dependentes dele. As necessidades que sentimos são fatores que contribuem para a nossa humildade diante de Deus.

2 – Não reconheceríamos a ação de Deus. Se o Senhor agisse sempre em nosso favor sem que orássemos, incorreríamos no erro de pensar que conseguimos algo por nossos próprios méritos, esforços ou capacidades. Deus zela para que a sua glória não seja dada a outrem (Is.42.8).

3 – Não seríamos gratos ao Senhor. Não tendo reconhecido sua ação, não lhe renderíamos graças. Estaríamos assim incorrendo no pecado da ingratidão.

4 – Não teríamos comunhão com Deus. Este é o ponto mais importante desta abordagem. E creio ser este um dos motivos mais relevantes pelos quais Deus instituiu o ato de orar. Se ele nos suprisse plenamente sem que orássemos, nossos momentos de comunhão com Deus se reduziriam drasticamente. O nosso relacionamento com Deus através da oração é mais importante do que a bênção que porventura estejamos buscando.

Concluímos, portanto, que, embora o Senhor, em sua onisciência, já saiba de todas as nossas necessidades, ele espera que reconheçamos nossa dependência dele, que apresentemos a ele nossas petições e possamos, depois, reconhecer sua ação em nossas vidas e render a ele toda a honra e glória. Quantas vezes nos "privamos da graça de Deus", impedindo sua ação em nosso favor! O Senhor quer a nossa participação para desencadear muitas bênçãos, não só do nosso interesse pessoal, mas, principalmente, de interesse do seu Reino. Entra aqui a questão de pedir que Deus mande trabalhadores para a seara.
Cabe ainda, a cada um de nós, uma das perguntas mais freqüentes de Jesus durante seu ministério terreno: "Que queres que eu te faça?"

"E esta é a confiança que temos nele, que, se pedimos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve" (I Jo.5.14).

"Pedi e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra." (João 16.24).