15 de out. de 2018

O altar de Deus. (por Felipe Azevedo)

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''Então haverá um lugar que escolherá o Senhor vosso Deus para ali fazer habitar o seu nome; ali trareis tudo o que vos ordeno; os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e toda a escolha dos vossos votos que votardes ao Senhor...Guarda-te, que não ofereças os teus holocaustos em todo lugar que vires;'' (Deuteronômio 12:11,13)

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O presente texto tem como pano de fundo os últimos dias de Moisés sobre a terra, bem como líder da nação de Israel. O livro de Deuteronômio contêm as últimas palavras deste que foi um dos maiores nomes da literatura judaica, escolhido por Deus para uma missão singular - a de conduzir o povo eleito de Deus para fora do Egito, onde era submetido à escravidão. Agora, perto de entrar para a terra que Deus os havia prometido, Moisés passa a lhes relembrar as leis e mandamentos pelos quais o povo deveria se conduzir diante de Deus na terra que habitariam.
 Estas leis tem muito a nos dizer e ensinar por serem a Palavra viva e eficaz de Deus, visto que ''toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa'' (2 Timóteo 3:16) não podemos simplesmente cair em extremos como: ''O velho testamento não tem mais validade na nova aliança'', ou ''a lei teve sua consumação em Cristo, portanto é inapropriada'' e etc. Tais frases contem alguma verdade, mas não ''toda'' a verdade, é preciso cautela quando vamos fazer afirmações inflexíveis e dogmáticas, não que a doutrina Cristã não possua dogmas ou verdades absolutas, mas porque devemos ter bases suficientes para discernir o que é dogmático e absoluto e o que não é. Digo isso porque já escrevi outros artigos neste blog usando passagens do VT para ilustrar verdades espirituais concernentes à nova aliança, portanto, acredito que este é um exemplo de uso válido do VT para nossos dias.
 Nesta oportunidade quero mais uma vez utilizar uma passagem veterotestamentária para ilustrar uma verdade espiritual fundamental na fé cristã. O texto, como disse no início, era uma recapitulação dos mandamentos ao povo, e este em particular na nossa reflexão, destaca um fundamental princípio ao povo daqueles dias e a nós: Só há um altar onde Deus recebe nossas ofertas. Isto significa que Deus tem o Seu próprio altar, e é somente sobre este que as ofertas são válidas.
 Partindo deste princípio quero fazer algumas aplicações para nós.
 Em primeiro lugar, o altar de bronze ou do holocausto representa a ''cruz de Cristo''. Só existia ''um'' altar em todo o Israel para sacrificar a Deus, e este fato ia de encontro direto ao paganismo daqueles dias praticado pelas nações que ali habitavam. Os pagãos tinham altares espalhados por todo território, visto que cada deus tinha o seu altar, as pessoas sacrificavam aos seus deuses, ídolos, quando e onde queriam, os cultos envolviam prostituição, orgias e as ofertas eram variadas, podendo ser até seus próprios filhos! (Cap. 12:31) Mas com Deus não era assim, as ofertas eram específicas e os sacrifícios eram ordenados e sagrados. Cada sacrifício representa uma faceta do ministério e da natureza de Cristo, e o altar representa o lugar em que Deus perdoa o homem - a cruz - visto que ali Cristo morre em seu lugar, levando a culpa pelo pecado em lugar do pecador. Desta forma, não é em qualquer lugar ou ''altar'' que podemos nos achegar a Deus, mas somente ao altar por Ele mesmo escolhido e consagrado - Cristo e este crucificado!
''E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.'' (João 3:14-15)
''E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. E dizia isto, significando de que morte havia de morrer.'' (João 12:32-33)
 Em segundo lugar, as ofertas de gratidão e louvor da mesma forma era aceitas somente no altar de Deus. Ou seja, não somente o perdão pleno e aceitável se acha em Cristo, bem como a verdadeira e aceitável adoração e gratidão a Deus. Nenhum bem humano será de qualquer valor a Deus se não passar por Cristo Jesus e seu sacrifício, e talvez este seja o fato que mais faça ranger os dentes do incrédulo. O altar de Deus era o que santificava a oferta, assim como o sacrifício expiatório de Jesus torna aceitável e agradável a Deus nossas obras. Que verdade extraordinária! O Deus infinito e eterno pode se agradar de algo trazido das mãos de homens? E ainda homens falhos e fracos? Sim, mas não com base na oferta e no ofertante humano, e sim com base na oferta e no ofertante Divino representado no altar, que santifica o homem que vem a Ele!
''Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.'' (Romanos 12:1)
''Mas bastante tenho recebido, e tenho em abundancia: cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que de vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.'' (Filipenses 4:18)