3 de abr. de 2020
Rute decide-se por Deus. (C. H. Spurgeon)
"Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus" (Rt 1:16)
Esta é uma heroica e franca confissão de fé e foi feita por uma mulher jovem, pobre, viúva e estrangeira.
I - A AFEIÇÃO PELO PIEDOSO DEVE INSPIRAR-NOS À PIEDADE
Muitas forças se combinam para efetivar isso:
a) Há a influência do companheirismo: devemos ser afetados por pessoas piedosas, mais do que por pessoas más, desde que nos submetemos à sua influência.
b) Há a influência da admiração. Imitação é o mais sincero louvor; seguimos aquilo que nos favorece. Portanto, imitemos os santos.
c) Há a influência do temor da separação. Seria horrível estarmos eternamente separados dos entes queridos que buscam nossa salvação; é doloroso, inclusive, ter de deixá-los participando da mesa do Senhor, e nós, não.
II - AS RESOLUÇÕES PIEDOSAS SÃO PROVADAS
a) Por implicar pagar o preço. Vocês mesmos terão de separar-se de seus amigos, como fez Rute. Terão de partilhar a sorte do povo de Deus, como Rute partilhou com Noemi (Hb 11:24,26)
b) Pelos deveres implícitos da religião. Rute deveria trabalhar nos campos. Algumas pessoas orgulhosas não se sujeitam às normas da casa de Cristo, nem aos regulamentos da vida diária dos crentes.
c) Pela aparente frieza dos crentes. Noemi não a persuadiu a ficar com ela, mas ao contrário. Ela era mulher prudente e não queria que Rute viesse com ela por persuasão, mas por convicção.
III - TAL PIEDADE DEVE ESTAR PRESENTE, PRINCIPALMENTE NA ESCOLHA DE DEUS
a) Essa é a possessão distintiva do crente. "Teu Deus é o meu Deus".
b) Seu grande artigo de fé. "Creio em Deus".
c) Sua confiança e constância (Rt 2:12). "Este é Deus, o nosso Deus para todo o sempre, ele será nosso guia até a morte" (Sl 48:14)
IV - MAS A PIEDADE DEVE IMPLICAR A ESCOLHA DE SEU POVO
Um parente próximo está entre eles. O verdeiro Boaz está disposto a levar-nos para si próprio, e redimir a nossa herança. Façamos uma escolha deliberada, humilde, firme, alegre, imediata a favor de Deus e de seus santos, aceitando a hospedagem deles neste mundo e indo aonde quer que eles vão.
O ex-escravo convertido manifestou expressão feliz à sua decidida adesão a Cristo quando disse: "Já passei o ponto donde não se pode voltar mais. Vou direto para o meu lar no céu. E se você não me encontrar no primeiro dos doze portões lá em cima, dá uma olhada no seguinte, pois eu tenho de estar lá". Ah! Quem dera ter milhares assim, em nossas congregações; pois por falta de fé, eles nunca poderão chegar ao ponto de onde não se volta mais.
O poder do caráter cristão, que se irradia na face, no aspecto e nas palavras de um crente, está ilustrado de modo belíssimo no seguinte incidente: Um afegão, em certa ocasião, passou uma hora em companhia do Dr. William Marsh, da Inglaterra. Quando ouviu que o Dr. Marsh falecera, disse: "Sua religião agora será a minha religião; seu Deus será o meu Deus; pois devo ir para onde ele foi, e ver de novo a sua face".
Sei que seus panos de saco e cinzas são melhores do que as risadas do tolo (Rutherford).
Se o povo de Deus não se envergonhar de nós, não precisaremos envergonhar-nos deles. Eu não gostaria de ir a uma reunião pública, disfarçado de ladrão; prefiro minhas próprias roupas, e não posso entender como há crentes que podem conduzir-se com vestimentas mundanas.
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